Primeiro dia do inverno (Solstício do Inverno).
no Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Jun
no Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Jun
Também conhecido como Natal, Ritual de Inverno, Meio do Inverno, Yule
e Alban Arthan, o Sabbat do Solstício do Inverno é a noite mais longa
do ano, marcando a época em que os dias começam a crescer, e as horas de
escuridão a diminuir. é o festival do renascimento do sol e o tempo de
glorificar o Deus. (O aspecto do Deus invocado nesse Sabbat por certas
tradições wiccanas é Frey, o deus escandinavo da fertilidade, deidade
associada à paz e à prosperidade.) São também celebrados o amor, a união
da família e as realizações do ano que passou.
Nesse Sabbat os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o Deus renascido que governa a “metade escura do ano”. Nos tempos antigos, o Solstício do Inverno correspondia à Saturnália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao sol.
Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do Natal,
como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho,
queimar a acha de Natal, são belos costumes pagãos que datam da era
pré-cristã. (O Natal, que acontece alguns dias após o Solstício de
Inverno e que celebra o nascimento espiritual de Jesus Cristo, é
realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da época do
Natal.)
A queima da acha de Natal originou-se do antigo costume da fogueira
de Natal que era acesa para dar vida e poder ao sol, que, pensava-se,
renascia no Solstício do Inverno. Tempos mais tarde, o costume da
fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma
acha e por longas velas vermelhas gravadas com esculturas de motivos
solares e outros símbolos mágicos. Como o carvalho era considerado a
árvore Cósmica da Vida pelos antigos druidas, a acha de Natal é
tradicionalmente de carvalho. Algumas tradições wiccanas usam a acha de
pinheiro para simbolizar os deuses agonizantes Attis, Dionísio ou Woden.
Antigamente as cinzas da acha de Natal eram misturadas à ração das
vacas, para auxiliar numa reprodução simbólica, e eram espargidas sobre
os campos para assegurar uma nova vida e uma Primavera fértil.
Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do Natal,
repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo
moderno adaptou vários dos costumes antigos da Religião Antiga dos
pagãos. O visco era considerado extremamente mágico pelos druidas, que o
chamavam de “árvore Dourada”. Eles acreditavam que ela possuía grandes
poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um
tempo em que se pensava que a planta viva, que é na verdade um arbusto
parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos
de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o
carvalho. O significado fálico do visco originou-se da idéia de que seus
frutos brancos eram gotas do sêmen divino do Deus em contraste com os
frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da
Deusa. A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma
substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles
que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de êxtase
sexual acompanhavam freqüentemente os ritos do deus-carvalho; hoje,
contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito.
A tradição relativamente moderna de decorar árvores de Natal é
costume que se desenvolveu dos bosques de pinheiro associados à Grande
Deusa Mãe. As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração
são, na verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como aparecem
na árvore Cósmica da Vida. Representam também as almas que já partiram e
que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que evoluíram
para os atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore
como oferendas a várias deidades, como Attis e Dionísio.
Outro exemplo das raízes pagãs das festas de Natal está na moderna
personificação do espírito do Natal, conhecido como Santa Claus (o Papai
Noel) que foi, em determinada época, o deus pagão do Natal. Para os
escandinavos, ele já foi conhecido como o “Cristo na Roda”, um antigo
título nórdico para o Deus Sol, que renascia na época do Solstício de
Inverno.
Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e
derramar sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da
época do Natal praticado na Inglaterra e conhecido como “beber à saúde
das árvores do pomar”. Diz-se que a cidra era um substituto do sangue
humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito
de fertilidade do Solstício do Inverno. Após oferecer um brinde à mais
saudável das macieiras e agradecer a ela por produzir frutos, os
fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem a produzir
abundantemente.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Inverno
são o peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia,
gemada e vinho quente com especiarias.
Incensos: louro, cedro, pinho e alecrim.
Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca.
Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato e rubi.
Ervas ritualísticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.
Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca.
Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato e rubi.
Ervas ritualísticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.
Ritual do Sabbat Yule
Comece erguendo um altar voltado para o norte. Em torno dele, trace
um círculo com cerca de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca.
Decore o altar com azevinho, visco ou qualquer outra erva sagrada para
este Sabbat.
Coloque uma vela de altar branca no centro do altar. à sua esquerda
coloque um cálice com vinho tinto ou sidra e um incensório. Qualquer uma
das seguintes fragrâncias de incenso é apropriada para esse ritual:
louro, cedro, pinho ou alecrim. à direita da vela coloque um punhal
consagrado e um prato com sal. Por trás do altar, um galho de carvalho
de Natal com 13 velas vermelhas e verdes enfeitando-o.
Pegue o punhal com a mão direita e tire um pouco de sal com a ponta
da lâmina. Deixe-o cair no círculo. Repita três vezes e diga: ABENçOADO
SEJA ESTE CíRCULO SAGRADO DO SABBAT EM NOME DO GRANDE DEUS. O SENHOR
DIVINO DAS TREVAS E DA LUZ, O DEUS DA MORTE E DE TODAS AS COISAS DO
ALéM, ABENçOADO SEJA ESTE CíRCULO SABRADO DO SABBAT EM SEU NOME.
Coloque o punhal de volta em seu lugar no altar. Após acender o
incenso e a vela, mais uma vez pegue o punhal com a mão direta. Mergulhe
a lâmina no cálice e diga: OH GRANDE DEUSA, MãE TERRA DE TODAS AS
COISAS VIVAS, NóS NOS DESPEDIMOS, POIS VAMOS DESCANSAR. ABENçOADO SEJA! E
NóS TE DAMOS AS BOAS-VINDAS, OH GRANDES DEUS DA CAçA, PAI TERRA DE
TODAS AS COISAS VIVAS. ABENçOADO SEJA! áGUA, AR, FOGO, TERRA, NóS
CELEBRAMOS O RENASCIMENTO DO SOL. NESTA NOITE ESCURA, A MAIS LONGA,
ACENDEMOS O LUME DAS VELAS SAGRADAS.
Coloque o punhal de volta no altar. Pegue o cálice com ambas as mãos
e, enquanto o leva aos lábios, diga: BEBO ESTE VINHO EM HONRA A TI, OH
DEUS DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. AGRADECEMOS A TI PELA LUZ DO
SOL. SALVE, OH GRANDE CORNíFERO!
Beba o vinho e coloque o cálice no seu lugar no altar. Acenda as 13
velas no ramo da árvore de Natal e encerre o Ritual do Solstício de
Inverno, dizendo: O FOGO DO RAMO SAGRADO DO NATAL ARDE, A GRANDE RODA
SOLAR GIRA MAIS UMA VEZ. QUE ASSIM SEJA!
Celebre, com alegria, num banquete com a família e os amigos até que a última vela da árvore se apague.
Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich
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